sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O CÓDIGO ALBUKA (30/12/2010 - DIA11)

Hoje conhecemos o Louvre finalmente. Já entrar na pirâmide começa a emoção pra quem gosta de arte. Como esperava, muita fila, muita gente e tumulto para ver a Mona Lisa. Entrar lá e não ver a Mona Lisa é inaceitável para qualquer turista. E outra coisa que queria muito ver era as artes egípcias. Não vimos todo o museu. Mesmo que tivéssemos o dia todo isto não seria possível. Mas consegui ver bastante coisa e me motivar a voltar e ficar mais tempo em Paris.





Bem, acabou nosso tempo na Cidade Luz. Tivemos que correr para o hostel, pegar nossas coisa e correr para a estação Garde Du Nord. E partirmos para Amsterdam.
Saldo final: Paris é apaixonante. Não queria ir embora. Quero voltar. Quero morar um dia lá. Ah! Mas nem tudo são flores. Encontrei um país que vive a decadência do primeiro mundo. Mendigos, miséria – nada tão grave; e um país que se vendeu à cultura norte americana e como nós brasileiro deixam sua própria cultura ser abafada pelos EUA. Notei isso pela força do hip-hop e de toda a cultura Black dos EUA por aqui. Consegui observar que o Brasil esta mudando, está ficando cada vez melhor e até me deu orgulho de ser brasileiro. Eles gostam de nós e sabem do nosso valor.
VIVA O BRASIL
ET VIVE LE FRANCE.
Bem, agora estou em Amsterdam e viemos num trem bala super confortável. Estamos na casa de nosso amigo Niels que nos recebeu na estação Central de Amsterdam com muito carinho.
Ah! Sandra tem um pouquinho de febre e espirra bastante. Sinais de uma gripe forte chegando.

ALBUKA BIKÃO (DIA10)

Hoje Sandra e eu visitamos o Cemitério de Père Lachaise. Fomos ver os túmulos de nossos ídolos. Vimos Jim Morrison – Sandra ficou desapontada com a má conservação para o que representa o ídolo. Passamos por Moliere, La Fontaine, Edith Piaf, Chopin, Alan Kardec... Até fizemos umas fotos gótica no cemitério como a San gosta. (KKKKK)


Saindo de nosso passeio no cemitério estávamos sedentos para beber alguma coisa. Entramos um café típico francês e fiz o pedido para o garçom. Tudo em francês, sem ter que recorrer momento algum ao inglês para pedir o que queríamos. Quando o garçom se retirou a Sandra disse que era nítido em minha cara o meu orgulho. Foi até meio Clodovil Hernandes. (KKKKK) O nariz do ALBUKA deve ter arranhado o teto. (KKKKK)

Depois do fora de ontem, queríamos ir ao Louvre. Porém o tempo era pouco e ainda tínhamos que encontrar uma prima da Sandra na estação Opera do metrô pontualmente às 17h. Pensamos, pensamos e decidimos ir à Torre Eiffel e deixar o Louvre para amanhã, nosso último dia em Paris.
Pois fiz a Sandra subir na Torre. Acreditem! Ela morria de medo. Disse pra ela que esta viagem seria um divisor de águas na vida dela. Estou fazendo a San desafiar todos os medos dela.  Foi divertido apesar de muita espera, muita fila e muita gente.
Mais, tínhamos 15 minutos para o nosso encontro com a prima da Sandra. Saímos correndo da torre, pegamos o metrô e ainda conseguimos pegar a prima da Sandra que nos esperava na estação e também se atrasou um pouquinho.

De lá pegamos outro metrô, mais um trem e mais um carro e chagamos a uma cidade do interior da França. Numa casa de um bairro tipicamente francês – parecia uma cidade cenográfica; nos esperava toda a família da Sandra para um jantar de Natal. Ocasião que conseguiram juntar toda a família somente agora e melhor ainda, com a presença da prima do Brasil e, pasmem, seu namorado. Aham! Eu. (KKKKK) Tive que fazer linha. Insisti que éramos como irmãos. Mas parece que ficou pior ainda (KKKKK)
A casa era linda, família grande, as pessoas ótimas, o jantar foi delicioso, farto e com um cardápio português e francês. A Sandra chamou o cardápio assim: carne-loca com cogumelos, pãozinho e rocambole Pullman de sobremesa. (KKKKK) A San não é nada fina... Provei o fromage francês... uma delícia.
Definitivamente ALBUKA atrai crianças em qualquer lugar do mundo. No Brasil eu já tinha reparado isso. Mas até fora de meu país as crianças se aproximam de mim. O pequeno Matheus era uma simpatia de criança. Ele somente fala francês. Mas ele foi muito cortês comigo para trocar algumas palavrinhas. Sandra e eu até tiramos uma foto com ele.


Enfim, pude falar um pouquinho mais de francês com eles e, por sorte, bastante deles falavam o português de Portugal e, mais uma vez o Roberto Leal desceu em mim. Um dos genros da prima da mãe da Sandra era um cara muito legal. Me encheu de um monte de bebida daqui da Europa. Daí já viu, né?
A volta para Paris foi feita de carro. O primo da Sandra, Leonardo, nos trouxe e veio nos mostrando pontos turísticos de Paris que não tínhamos mais tempo para conhecer. Ele ainda nos contou sobre cada ponto como um guia turístico. Ele foi muito legal com a gente.
De volta ao hostel, nossos amigos brasileiros já haviam ido embora e no quarto estavam duas loirinhas chatas dormindo. Ah! Uma delas peidou enquanto dormia. (KKKKK)

HOJE É TERÇA, ALBUKA! (DIA9)

É... cheguei em Paris já sabendo que o Louvre não abre às terças feiras. Mas
sabe como são as férias, né? Me perdi no tempo e podia jurar que hoje era quarta feira. Quando chegamos ao Louvre demos conta que estava fechado. Mas deu pra tirar algumas fotos. De lá seguimos para a catedral de Notre Dame. Outro sonho para mim. É o cenário do romance de Victor Hugo, O Corcunda de Notre Dame.

O dia não estava nada bonito, o frio estava a -6ºC, tempo nublado... Eu tinha que entrar na catedral. Pegamos fila em baixo de forte garoa. Mas eu sabia que iria valer à pena.
Fiquei mais feliz ainda de saber que também faleu muito pela Sandra. Pela segunda vez a Sandra chorou em nossa viagem. E eu chorei ainda mais. A catedral é lindíssima. Ainda quando saímos da catedral fomos presenteados com o toque dos sinos de Notre Dame que anunciavam às 18h.  Emocionante! Até filmamos este momento. Jamais vou me esquecer disto.
Ainda tentamos ir ao Panteon. Mas infelizmente estava fechado. Por sorte descobrimos uma loja super legal masculina e de ótimos preços onde provei um monte de roupa. Infelizmente não pude comprar. As coisas aqui são diferentes. Deu o horário de fechar a loja e eles se recusaram a me vender e que continuasse a provar roupas fora do horário. Mas deu para comprar uma blusa de lã bem legal.
Saímos pelo bairro da região e encontramos uma loja de brinquedos que Sandra e eu ficamos loucos. Depois encontramos um bar que a San ficou louca para entrar. No estilo dela: pouca luz, galera legal, ambiente decorado como um navio pirata e boa cerveja. Bebemos e seguimos nosso caminho para o hostel. Cada lugar que entrávamos nos apaixonávamos ainda mais por Paris. Eram ruazinha estreitas com vários comércios para se comer, beber ou mesmo para comprar lembranças. Melhor ainda, é uma região onde o preço é super em conta!
Eu e até a mãe da Sandra, por telefone, nos surpreendemos por ela ter gostado tanto de Paris. Fiquei feliz por isso. Definitivamente é um lugar que queremos voltar muitas outras vezes. Tem muito ainda para se descobrir aqui e já estou triste em pensar que daqui a dois dias temos que ir embora. Disseram-me uma vez que seria assim na viagem e eu duvidei. Eu realmente gostaria muito de ficar muito mais tempo aqui. Vou além. Já digo que gostaria muito de morar aqui um dia.
VIVE LE FRANCE.
Só fui dormir meio chateado. Hoje foi aniversário de minha mãe e não consegui ligar para ela. Mas ela estava no meu coração o dia todo.
FELIZ ANIVERSÁRIO, MÃE.
JE T’AIME BEAUCOUP.

UM DIA DE PETER PAN (DIA8)


Já há alguns dias que pude notar que os ares da Europa estão fazendo muito bem para mim. Isso está na minha cara. A minha pele nunca esteve tão boa. E a da Sandra também. Acho que é por causa do ar seco daqui.
Mas hoje, assim que acordei, notei uma coisa ainda melhor em mim: Nunca meus olhos estiveram tão verdes. E quem me conhece sabe que para isso acontecer, depende do dia, da luz do sol e de meu humor. Acho que eles anunciavam que meu dia seria muito bom.
Ah! Essa não pode passar batido: Sandra entrou naqueles dias... Ela não trouxe seus aparatos e não sabe falar uma palavra em francês. Sobrou pra quem? Oui. ALBUKA comprou absorvente para a Sandra em Paris. (KKKKK) Se consegui fazer isso, é sinal que tenho futuro com o idioma francês. (KKKKK)
Voltando a falar de dia feliz, o dia de hoje foi dedicado a Disneyland Paris. Um sonho meu de criança. Não vou escrever muito aqui sobre isso. As fotos falam. É nítida a alegria na cara da Sandra e na minha. Nos divertimos realmente como crianças hoje.
O primeiro choro da Sandra foi ao assistir uma apresentação de natal do Ursinho Pooh. (RS) E pra eu não perder o costume tenho que dizer também do meu choro. À noite as luzes do castelo da Bela Adormecida se ascenderam e começou uma linda apresentação de luzinhas brancas que deixou o castelo ainda mais bonito. Tudo narrado pela voz de Mickey Mouse e ao som de musicas natalinas. Foi emocionante pra mim. Como eu chorava. Estávamos na Disneyland Paris numa ocasião super especial, as celebrações de Natal. Posso dizer que hoje foi um dos dias mais felizes de minha vida.
O dia terminava, as filas diminuíam no parque e até repetimos os melhores brinquedos que passamos. Uma das montanhas russas que passamos, quando o carrinho chegou ainda não havia formado outra fila e todos que estavam no carrinho nem precisou se levantar para fazermos o passeio de novo. Foi muito legal isso. Saímos super tarde do parque.
De volta ao hostel conhecemos nossos passeios de quarto. Dois brasileiros loucos somente afim de diversão e sexo fácil na Europa. Nos mostraram no celular deles as fotos que tiraram na rua apenas de cueca no frio abaixo de zero da noite de Paris para fazer bagunça. Loucos-loucos... Enfim, estes são o Alexandre do DF e o Thiago de Mato Grosso. Os caras são legais!

ALBUKA EM: A CIDADE LUZ (DIA7)

Hoje acordamos às 6 da manhã para irmos embora. O taxi estava pontualmente às 7h em frente a da casa do Nigel.
Estava muito frio na estação de Sant’Pancras. Ainda deu tempo para as minhas manias de criança. (RS) Quis tirar uma foto em frente à estação de King’s Cross. A estação de onde sai o Hogwarts Express. Ah! E também onde a polícia inglesa matou um brasileiro há algum tempo atrás
Eu sempre quis andar de EUROSTAR e, cruzar aquela porta de entrada e passar pelo check-in foi mais um momento de realização de um sonho. E olha que ainda não estava dentro do trem! Aguarda o trem foi questão de alguns momentos. Suficiente para comprar as últimas lembranças de Londres.
Chegou a hora de partir. O EUROSTAR é super confortável. É um avião nos trilhos. Com direito a todo serviço de comissárias muito simpáticas que já nos mostrava a cortesia da gente francesa. Foi até o momento de começar a arranhar o meu francês.\

Passar por baixo do mar, como esperava nem sentiria. Mas pensar em toda a tecnologia e segurança para um meio de transporte deste é incrível! De volta à superfície tive minha primeira visão da França. Já comecei a filmar a vista e também para mostrar a velocidade do trem. A paisagem com suas casinhas vistas de longe pareciam para mim uma maquete de tão bonitinhas que eram. Claro que me emocionei de novo enquanto Sandra dormia. (RS)
Na estação Garde du Nord a primeira coisa que a San quis fazer? Fumar. Fomos para o lado de fora e começamos a fazer nossos primeiros contatos. Era taxista português, algumas vozes de brasileiros - eta praga que é este povo! (RS); e também mendicância. Mas aqui até os mendigos são chic. Eles pedem em inglês também! (RS) O máximo que Sandra deu foi um cigarro e eu dei um centavo de libra (KKKKK) Estou portuga como a Sandra já. Mas era o que eu tinha no bolso. E esse monte de bagagem já está me irritando. Não iria abri-la para dar esmola.
Voltando para estação para pegarmos o metrô e irmos para o hostel. Descendo as escadas fomos abordados mais uma vez. Mas agora por meninas que se identificaram como surdas mudas. Sandra e eu cometemos o mesmo erro. Pensamos que era apenas um abaixo assinado, mas queriam dinheiro também. Tentamos dar 2 Euros mas tinha que dar a partir de 5. Sandra e eu perdemos dinheiro nessa! (KKKKK)
Andar no metrô de Paris foi super fácil. São trens e estações que já são bem velhas. Mas são absolutamente funcionais. O transporte funciona muito bem aqui.
Ao sairmos da estação uma senhora francesa viu que estávamos perdidos e prontamente nos mostrou o hostel que estava ao nosso lado. (RS) O hostel não era tão bom, mas também não era o pior. E tinha a cara da Sandra também. Uma jovem recepcionista estilão rockeira, cabelos descoloridos, bem brancos, óculos de armação grossa e piercings na cara. Como viu que meu francês era aquela maravilha, prontamente começou a falar em inglês conosco. Tínhamos um lugar para dormir. Como ainda era cedo, fomos andar pela cidade.
O frio aqui e já em Londres não me incomoda mais como quando chegamos. Nem tremo mais! E neste clima de inverno de Paris fomos visitar alguns pontos turísticos da cidade.
Com o mapa em minhas mãos e o meu “infalível” senso de direção fomos primeiro à Torre Eiffel. No percurso pela Rue du Commerce ficava sempre olhando para o alto a procura dela. Quando chegamos à Ècolle Militaire em frente ao grande jardim que termina ao pé da famosa torre. Meu Deus! Ela é incrivelmente grande!
Tiramos algumas fotos, tomamos o nosso primeiro vinho quente, compramos algumas coisinhas e seguimos para o Arco do Triunfo que também é incrível. De la seguimos por um passeio na Champs Elysées, entramos em algumas lojas, vimos algumas apresentações de Street Dance nas calçadas e seguimos nosso passeio. Já era noite, o frio aumentava e estávamos muito cansados também. Hora de voltar para o hostel. Todo percurso passamos por pontos turísticos e dá-lhe mais fotos, mais fotos, mais fotos.

Quando cruzávamos a Pont Alexandre III pode dar uma panorâmica na cidade ao nosso redor e já me emocionava com o que via. Quando a Sandra fez um comentário: “Aqui é diferente. Não é escuro como Londres.” Eu com a voz de quem já não conseguia disfarçar mais o choro disse: “Estamos na CIDADE LUZ”.
Na chegada no quarto do hostel demos conta de que não estávamos mais sós no quarto. Dois rapazes deixaram suas coisas lá e foram curtir a noite. Bem, Sandra e eu temos que descansar. Afinal, acho que tenho ainda muito para chorar por aqui.

AU REVOIR.