Hoje acordamos às 6 da manhã para irmos embora. O taxi estava pontualmente às 7h em frente a da casa do Nigel.
Estava muito frio na estação de Sant’Pancras. Ainda deu tempo para as minhas manias de criança. (RS) Quis tirar uma foto em frente à estação de King’s Cross. A estação de onde sai o Hogwarts Express. Ah! E também onde a polícia inglesa matou um brasileiro há algum tempo atrás
Eu sempre quis andar de EUROSTAR e, cruzar aquela porta de entrada e passar pelo check-in foi mais um momento de realização de um sonho. E olha que ainda não estava dentro do trem! Aguarda o trem foi questão de alguns momentos. Suficiente para comprar as últimas lembranças de Londres.
Chegou a hora de partir. O EUROSTAR é super confortável. É um avião nos trilhos. Com direito a todo serviço de comissárias muito simpáticas que já nos mostrava a cortesia da gente francesa. Foi até o momento de começar a arranhar o meu francês.\
Passar por baixo do mar, como esperava nem sentiria. Mas pensar em toda a tecnologia e segurança para um meio de transporte deste é incrível! De volta à superfície tive minha primeira visão da França. Já comecei a filmar a vista e também para mostrar a velocidade do trem. A paisagem com suas casinhas vistas de longe pareciam para mim uma maquete de tão bonitinhas que eram. Claro que me emocionei de novo enquanto Sandra dormia. (RS)
Na estação Garde du Nord a primeira coisa que a San quis fazer? Fumar. Fomos para o lado de fora e começamos a fazer nossos primeiros contatos. Era taxista português, algumas vozes de brasileiros - eta praga que é este povo! (RS); e também mendicância. Mas aqui até os mendigos são chic. Eles pedem em inglês também! (RS) O máximo que Sandra deu foi um cigarro e eu dei um centavo de libra (KKKKK) Estou portuga como a Sandra já. Mas era o que eu tinha no bolso. E esse monte de bagagem já está me irritando. Não iria abri-la para dar esmola.
Voltando para estação para pegarmos o metrô e irmos para o hostel. Descendo as escadas fomos abordados mais uma vez. Mas agora por meninas que se identificaram como surdas mudas. Sandra e eu cometemos o mesmo erro. Pensamos que era apenas um abaixo assinado, mas queriam dinheiro também. Tentamos dar 2 Euros mas tinha que dar a partir de 5. Sandra e eu perdemos dinheiro nessa! (KKKKK)
Andar no metrô de Paris foi super fácil. São trens e estações que já são bem velhas. Mas são absolutamente funcionais. O transporte funciona muito bem aqui.
Ao sairmos da estação uma senhora francesa viu que estávamos perdidos e prontamente nos mostrou o hostel que estava ao nosso lado. (RS) O hostel não era tão bom, mas também não era o pior. E tinha a cara da Sandra também. Uma jovem recepcionista estilão rockeira, cabelos descoloridos, bem brancos, óculos de armação grossa e piercings na cara. Como viu que meu francês era aquela maravilha, prontamente começou a falar em inglês conosco. Tínhamos um lugar para dormir. Como ainda era cedo, fomos andar pela cidade.
O frio aqui e já em Londres não me incomoda mais como quando chegamos. Nem tremo mais! E neste clima de inverno de Paris fomos visitar alguns pontos turísticos da cidade.
Com o mapa em minhas mãos e o meu “infalível” senso de direção fomos primeiro à Torre Eiffel. No percurso pela Rue du Commerce ficava sempre olhando para o alto a procura dela. Quando chegamos à Ècolle Militaire em frente ao grande jardim que termina ao pé da famosa torre. Meu Deus! Ela é incrivelmente grande!
Tiramos algumas fotos, tomamos o nosso primeiro vinho quente, compramos algumas coisinhas e seguimos para o Arco do Triunfo que também é incrível. De la seguimos por um passeio na Champs Elysées, entramos em algumas lojas, vimos algumas apresentações de Street Dance nas calçadas e seguimos nosso passeio. Já era noite, o frio aumentava e estávamos muito cansados também. Hora de voltar para o hostel. Todo percurso passamos por pontos turísticos e dá-lhe mais fotos, mais fotos, mais fotos.
Quando cruzávamos a Pont Alexandre III pode dar uma panorâmica na cidade ao nosso redor e já me emocionava com o que via. Quando a Sandra fez um comentário: “Aqui é diferente. Não é escuro como Londres.” Eu com a voz de quem já não conseguia disfarçar mais o choro disse: “Estamos na CIDADE LUZ”.
Na chegada no quarto do hostel demos conta de que não estávamos mais sós no quarto. Dois rapazes deixaram suas coisas lá e foram curtir a noite. Bem, Sandra e eu temos que descansar. Afinal, acho que tenho ainda muito para chorar por aqui.
AU REVOIR.