Meu Deus! Hoje é o nosso último dia na Europa!
Só cabe a nós aproveitarmos intensamente o pouquinho que nos restava por aqui.
Hoje o Nuno e a Vivi no acompanharam para apresentar o norte de Portugal. Foi um presente a oportunidade, pois conhecer a cidade do Porto não fazia parte de nossos planos de viagem.
Embarcamos todos na NAVE MÃE e partimos de Coimbra rumo ao Porto. Paramos para um delicioso café da manhã – ou pequeno almoço, como eles chamam; numa padaria de estrada que parecia mais um restaurante com uma variedade incrível da culinária portuguesa. O Nuno nos contou que todas as manhãs o lugar é lotado. Quanto ao atendimento, o rapaz que nos atendeu trabalhava de camisa e gravata. Impecável. Mais uma ocasião que colocou Portugal em muito boa classificação no meu conceito em gastronomia.
Mais adiante fizemos mais uma parada para conhecer um lindo castelo. Achamos este muito mais bonito que o de São Jorge em Lisboa e não pagamos nada para entrar nele.
Porto para nós foi muito melhor que Lisboa. A imagem da cidade já nos agradou os olhos logo na chegada. Foi uma cidade que não poderíamos sair sem experimentar os vinhos que são muitos, muitos, muitos. E também aproveitamos uma iguaria típica que a Sandra me indicou, a alheira. Essa eu comprei pra levar pra casa. Ela é como uma linguiça, tem um cheiro muito forte e a portuguesa que nos vendeu explicou que a composição dela era de quatro tipos de carne. Não vou me lembrar de todos, mas alguns deles eram porco e pato.
O símbolo da cidade é uma ponte muito alta por onde passamos. A estrutura dela é familiar... Mais tarde quando passamos na parte de baixo dela demos conta que o autor do projeto é o mesmo da Torre Eiffel.
Jantar no Porto foi mais uma oportunidade de aguçar o meu paladar. Meu prato foi de lulas grelhadas acompanhado de salada, batatas cozidas e, claro, um vinho branco delicioso. Tudo isso, de frente para o Rio Douro. O importante rio na historia da do Porto que era utilizado no transporte da produção de vinho das montanhas para a cidade.
O porto é uma delícia. Limpou a má impressão que Lisboa me passou ontem de Portugal num todo. Mas isso dependeu de eu me portar como eles. Quando entrei numa loja e perguntei sobre suvenires e preços, revidei como um português o primeiro “coice” que levei. Daí foi toma lá dá cá na troca de coices e eu a rir com Vivi quando ganhava na resposta com uma “portuga” de cabelos grisalhos. Isso por que o vinho me deu total motivação para a cena. (RS) Mas sabe que no final ela até começou a conversar conosco e falou sobre o vinho, sobre a comida, sobre a rixa de Lisboa e o Porto. Viram, só? Bem dizem “Em terra de sapos, de cócoras com eles.”
Acabou o dia e a cidade do Porto para nós. Infelizmente não vimos tudo. Mas tivemos que voltar para a casa da Vivi pois nossas malas novas, a minha gigante, que compramos na noite anterior no Dolce Vita, nos esperavam para serem arrumadas para voltarmos para o Brasil. Detalhe, nosso vôo com escala em Madrid partiria de Lisboa aproximadamente às 8h da manhã. Mais uma vez optamos por ficarmos acordados até as 4h da manhã para partirmos de Coimbra para Lisboa, entregarmos a nossa companheira NAVE MÃE e fazer o check-in lá pelas 6h.
Tadinha da Vivi. Ficamos ensebando até tarde... Antes ainda fomos na casa de seus amigos vizinho para ver a banda de garagem do Nuno, conhecer o lindo apartamento do casal e também apreciar um vinho do porto. Que delícia!
Bem, Obrigado por tudo Vivi. Você é sempre ótima seja no Brasil, seja em Portugal. Obrigado , Nuno. Vocês são um casal de amigos muito queridos.
Encontrar o lugar para devolver a NAVE MÃE era o que mais me preocupava. Além de nosso tempo ser limitado. Era apenas das 6h às 6h 30 da manhã. Voei baixo na via-rápida A1. Dei-me até a oportunidade de sentir o gostinho de chegar aos 183 km/h . Era a minha despedida de NAVE MÃE! Mas não corri por muito tempo, foi só pra sentir mesmo. E foi uma delícia! Que máquina! Ela definitivamente voa.
Chegamos pontualmente às 6h 29 minutos. Missão cumprida.
Brasil, aí vamos nós!
Epa! Atraso em nosso vôo?
Aeroporto de Madrid interditado por causa da forte neblina.
O atraso nos rendeu stress, espera, filas e, mais uma noite em Madrid. Que chato... Justo na cidade que mais gostamos. Parece que Madrid nos chamas desde o começo.
Mais um hotel legal. Mais uma ligação para a família para dizer “não vão para o aeroporto.” E ainda nos demos a chance de sentir mais um pouco dos sabores da Espanha. Eu adorei o Jamon, o presunto típico deles. É basicamente uma coxa suína defumada. É saborosíssimo. Fomos ao mercado, compramos alguns doces, vinho, algumas fatias de Jamon e comemos numa praça apreciando uma partida de futebol em Madrid.
E pensar que mais uma vez eu estava próximo a minha paixão... Mas não posso inventar nada. Já é tarde e amanhã temos que voltar ainda cedo ao aeroporto e então seguirmos para o Brasil.