Bem, já estou no Brasil há doze dias. Chegamos pela manhã do dia 19 de janeiro com desgaste aparente em nossos rostos, mas com o coração cheio de alegria por tudo o que vivi. Missão cumprida! Vivi os meus sonhos intensamente.
Toda a confusão para voltarmos ao Brasil, acho que nos poupou o lamento de deixarmos a Europa. Viemos desejando o nosso país. Mas ao chegar ao aeroporto de Guarulhos... Que desgosto! Desordem, tumulto, bagunça, demora, sujeira. Uma polícia federal arrogante e prepotente. Poucas esteiras e pequenas para o número de bagagens que recebe e ainda toda molhada por resíduos das bagagens que chegam. O que denuncia o péssimo manuseio e a falta de respeito com as bagagens dos usuários do aeroporto. Até os cadeados de minhas malas foram destruídos. Pelo menos tudo estava no lugar. Absurdo! Nos aeroportos europeus não tive prejuízo algum.
Espero que tenhamos coisa melhor para recebermos o mundo para a Copa 2014 e as Olimpíadas 2016. Guarulhos é um lixo perto do que conheci durante a viagem. Isso não é menosprezo ao Brasil. É uma crítica de quem quer ver o meu país melhor.
Estou voltando sim muito feliz pelo Brasil e posso afirmar que, não estamos tão mal e estamos caminhando no rumo certo. Claro que não posso tomar como parâmetro apenas a cidade de São Paulo. O Brasil é muito grande. Cabem países aqui dentro e tem muito trabalho para se fazer. Principalmente relacionados à educação e a saúde. Mas eu estive em três dos países do G8, o grupo dos países mais ricos do mundo. Passei por sete países classificados como desenvolvidos e, encontrei mendicância em todos. Vi sinais de decadência. Vi trabalhos informais. A Sandra foi testemunha da diferença da Europa que viu há quatro anos e da Europa que encontrou hoje. Tudo isso reflexo da crise mundial de 2008.
Quanto ao tratamento com brasileiros, todo mundo que já fez uma viagem como esta tem histórias para contar que foi mal tratado por ser brasileiro. Que foi seguido dentro da loja por medo de furto. Que existem placas informando “cuidado, brasileiros”. Que pensam que nossa capital é Buenos Aires e que falamos espanhol. Que só temos samba, futebol e mulher pelada...
Falo por mim: Momento algum eu fui mal tratado. Eles sabiam quem é a nossa presidente e o nosso ex-presidente. Eles lêem Chico Buarque de Holanda, Paulo Coelho. Ouvem Seu Jorge. Eles acompanhavam as notícias das fortes chuvas no Brasil. Orgulhosamente comprei uma revista em Madrid que nosso país é capa e é apresentado assim “BRASIL ASSIM SE CONSTRÓI UMA POTÊNCIA.” É a hora do Brasil elevar a sua auto-estima. "Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor..." - Salve Baby do Brasil.
Quando sabiam que eu era brasileiro, eu recebia um simpático “obrigado” no sotaque do país que estava. Mas por quê? Por que o Brasil está crescendo e sendo reconhecido? Não sei. Eu acredito que na verdade fui bem tratado por que sou o ALBUKA.
COMER REZAR AMAR por ALBUKA? Diria que comi em Portugal, rezei na Itália e amei na Espanha. Está tudo postado aqui no blog.
Lembro-me que escrevi às vésperas de minha viagem que a temporada de ALBUKA 2011 prometia. Nestes doze dias aqui no Brasil realmente já foram suficientes para fazer as matrículas de minha irmã para veterinária na FMU, a minha para Marketing pela ETEC, entregar presentes e lembranças, contar sobre a experiência, mornar o calor da paixão de Madrid, rever meus queridos amigos do teatro, voltar com tudo para a academia e ainda descobrir que emagreci quatro quilos na viagem, me dedicar à atualização do blog com todo carinho, rever as pessoas daquela empresa que eu trabalhava e mostrar que estou melhor do que nunca, ver o mais novo Albuquerque, o Mateus, filhinho de minha prima Liliane que nasceu dia 27 agora e, até um fantasma do passado deu as caras no MSN depois de ver minhas fotos Orkut para me dizer coisas do tipo “Parabéns. Você merece. Feliz 2011...” – Ah... Vai pro inferno, meu! (KKKKKKKK)
E olha que a temporada 2011 de ALBUKA está só começando, hien!