Tarde do dia 6 de setembro me dei conta que estava no dia da bandeira e em véspera do dia da Independência do Brasil. Depois que sai da escola – Ah! Só pra eu lembrar. Encontrei a Valéria Sbrissa e Sandra no skype. Foi quase meu almoço inteiro conversando com essas loucas; Como ia dizendo, passei na loja de souvenires e fui procurar uma bandeirinha do Brasil para “hastear” em minha cabeça no dia seguinte. Meu corpo seria a minha forma de representar o orgulho nacional. Em casa, quando preparava minha roupa para o dia seguinte não tive duvidas que usaria minha jaqueta verde e amarela da adidas com meu boné azul e meu novo boton da bandeira... Quem diria?... O ALBUKA esta sentindo falta do Brasil.
Na Southern Lakes English College meu verde e amarelo foi notado pelo diretor Mr. Bleise e já tratei de contar qual dia era aquele e recebi o HAPPY INDEPENDENCE DAY! – Legal isso! Os brasileiros deveriam usar também.
Mas agora falando de trabalho, as coisas estão meio difíceis em Queentown ultimamente. Alguns problemas que ocorreram mudou o ritmo turístico da cidade, consequentemente o de trabalho também. Foram problemas como um terremoto que há algum tempo destruiu uma cidade próxima e mandou muita gente pra cá; a neve que este ano demorou pra chegar; e até as cinzas do vulcão do Chile prejudicaram o turismo aqui. Acrescente a isso que estamos em final de temporada de inverno. Que saco! Ainda tem o frio que depois de algum tempo e nada de empolgante acontecendo começa a encher o saco. Ah! E até agora não rolou nada de, excitante... Eu diria. (RS)
Minha cabeça já esta pensando em ir para a Austrália. Calor, gente bonita, verde e amarelo também são as cores de celebração entre os australianos... Enfim, como dizem “é o Brasil que deu certo.” Não é de hoje que eu tenho um tesão naquela terra. Desde as Olimpíadas de Sydney em 2000 eu me informo sobre este país. Quem sabe seja a próxima temporada de REINAÇÕES? (HEHEHE) Aliás, a caminho de casa com a minha jaqueta adidas verde e amarela, fui provavelmente confundido com um australiano. Passou por mim um rapaz, e me fez uma saudação tipicamente australiana: G’DAY, MATE. Já me senti. (KKKKK)
Bem, alguma coisa eu tenho que fazer pra minha vida andar, né? Eu saí do Brasil por causa disso! O que me consola é que estou estudando. Se não já estaria louco. Então pensei em sair pela cidade para deixar uns currículos... Fiquei arrasado. Quatro restaurantes. Todos sem oportunidade.
Mas nem tudo estava perdido. Meu celular tocou no centro da cidade. Era o Karhan do restaurante indiano. Às 20 horas era pra eu estar lá. Primeiro bico em Queenstown. HAREBABAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!! Claro, não é formal, não é grande coisa, mas é algo para eu acrescentar no currículo e começar a ganhar credito na cidade. E, pouco ou não, pela primeira vez esta sendo algo pra dentro de meu bolso e não pra fora! – Será que isso é sorte do 7 de setembro? (RS) Ah! E ainda ganhei uma refeição indiana completa para meu almoço no dia seguinte. Creio que pagaria bem uns 55 dólares por esta refeição.
Na Huff Street , numero 15, estavam na sala o Kenji e a Jen, a americana com um convidado, o Sam, australiano. Eles me ofereceram um chá e eu já ia inventando de ir deitar, que tinha que acordar cedo, que estava cansado... Neste papinho eu soltei mais uma vez, desta vez para o Sam, que meu inglês era ruim e blá-blá-blá... A Jen me interrompeu na hora e disse que eu tinha que parar de falar isso, pois ela viu que inglês era bom – depois de bebedeira do domingo (RS); e disse que eu sabia sim me comunicar. Disse que eu estava na hora de aproveitar mais daquele momento e comunicar mais em ocasiões como aquela. Então eu disse. I’m a new man now! Sentei e aceitei o chá e optei por camomila.
Quinta feira, 08 de setembro, da Southern Lakes English College, depois da aula foi a vez de falar com minha irmã pelo skipe e contar do trabalho. Ela disse que estava pensando tanto em mim... Talvez fosse algo lhe dizendo que eu tinha uma coisa nova e boa pra contar. Ainda encontrei o meu amigo carioca, o Eros online o facebook. Conversamos bastante sobre minha experiência e meus planos futuros, que por mais que insertos estão acontecendo e faço como meta não voltar para o Brasil. Mas vai depender de muita coisa. Pra começar, encontrar um emprego. Caso contrário as REINAÇÕES EM 180° será apenas uma curta temporada e voltarei para o Brasil. Estou consciente de que não é aqui que eu quero ficar também. Sei lá viu... Como diria meu amigo Gilson “Quem disse que eu tenho que ser coerente?” (KKKKKK) Mas a conversa com o amigo fez olhar para mim mesmo com outros olhos e começar a pensar em outras possibilidades e a olhar por outro ângulo. Deixo aqui registradas suas ultimas palavras para mim:
“SE VALORIZE.”
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