O ASSASSINATO DE ALBUKA

Eu me lembro de estar num grande estacionamento subterraneo como de um shopping center. Nao circulavam pessoas e o estacionamento nao estava lotado. Eu corria ja ofegante e sentia o desespero fazer pulsar mais forte meu coracao. Do que ou de quem eu fugia e nao sei ao certo.

As vezes eu tentava parar em busca de algum esconderijo que eu pudesse descansar e tambem me protegesse ate que o perigo passasse. Eu tentava me esconter atras das rodas de alguns carros, em baixo de outro, na carroceria de outro... Mas sempre o som de passos me seguindo, pe ante pe, causavam-me desespero e me faziam insistir em correr para longe daquele som.

Mais a frente, quando eu encontrei um acesso, nao hesitei e entrei. Logo a direita havia uma porte de um banheiro masculino. Entrei. O banheiro estava vazio. Escolhi uma das cabines mais ao centro e la fiquei sentado escondido.

Ofegante, reclinei minha cabeca do lado esquerdo sobre a parede. Parecia possivel ouvir meu proprio coracao. Fechei meus olhos e em pouco tempo a porta do banheiro rangeu e voltei a ouvir os mesmos passos. Tentei segurar minha respiracao e subi meus pes sobre o vaso para que eles nao fossem vistos por baixo da porta.

Os passos cessaram e senti a presenca de alguem na cabine a esquerda. Ele sabia que eu estava ali. Eu mantinha meus olhos fechados. Foram poucos  segundos de silencio ate ele ser quebrado subtamente por um tiro de revolver. Por muito pouco o tiro nao pegou em minha cabeca.

Decidi ir ao chao e simular minha morte ate que o perigo se fosse. Os passo voltaram e foram para a frente da cabine. Abri meus olhos e diante de mim havia um vao vertical na porta que me permitiu identificar apenas os oculos escuros e o braco direito que se levantou para disparar o segundo tiro. Este pegou em meu pescoco do lado direito. Eu senti perfeitamente aquele tiro e minha vida se esvaindo ate tudo se escurecer e eu acordar deste pesadelo quarenta minutos antes de meu relogio despertar. Nao consegui mais pegar no sono novamente.

Bem, popularmente, diz-se que sonhar com morte significa vida. Lembrei disso ainda deitado enquanto aguardava minha hora de levantar. E foi isso que me motivou para mais um dia de batalhar. Afinal, quero e precisarei de muita vida para desfrutar muito tudo o que tenho por viver. A temporada Nova Zelandia de REINACOES EM 180 GRAUS caminha para sua reta final e tera seu ultimo episodio antecipado para julho. Muita esperanca alimenta minha fe de uma nova temporada sera cheia de conquistas e alegrias. Claro que ainda depende de alguns fatores que podem botar a perder a nova temporada. Mas assim que eles estiverem aprovados darei o anuncio defitivo da nova temporada de REINACOES.